domingo, 25 de outubro de 2009

Ausência da essência!!


Como num dia daqueles que tanto lhe agradavam, ele estava a se perder na imensidão daqueles textos que sempre lhe traziam algumas informações e viagens muito interessantes.
Não se sabe ao certo como foi parar lá (na verdade ele o sabe bem, mas prefere ver dessa forma, traz um sentimento a mais).
Começou a ler um texto interessante sobre uma teoria, daquelas que ele se deliciava quando imaginava alguma, perdendo inclusive horas, as vezes dias, ou semanas, depende da teoria, procurando argumentos para sustenta-las.
Aquele fim de semana tinha sido muito interessante para reforçar algumas dessas terias. Tinha recebido notícias boas em relação a alguns projetos e algumas testes que ele vinha fazendo sobre certos mistérios que pensava poder existir mesmo.
Era interessante aquela teoria, daquelas que não tem nada a ver, mas tinha bons argumentos e acabava tendo uma lógica, e inclusive ele imaginou alguns para dar mais sustentação a ela.
Foi quando de repente ele se tocou do seguinte fato:
O texto era muito parecido com algumas coisas que estavam sendo parte do seu cotidiano nos últimos tempos.
Falava do a cerca de seus últimos objetos de estudo, de um estilo musical que estava voltando a escutar, e uma cultura a qual está começando a se adaptar.
Ficou intrigado como ele não sabia nem ao certo como foi parar e ali, não tinha a menor pretensão de ta lendo aquele texto, e acabou achando um texto que tinha tanta coisa a ver com ele.
Já havia passado pelo infinito dele algumas ideias relacionado a isso. Algumas coisas sobre mentes, infinitos, universos, vida, essas coisas que ele acha que todo mundo pensa (as vezes ele se da conta que poucas pessoas pensam nisso).
O texto havia sido escrito por uma mulher. Isso basta para que sua mente começasse a trabalhar.
Ele era completamente apaixonado pelo sexo oposto, pelo romance, pela sensualidade. Mas via cada vez mais que as mulheres estavam se perdendo, perdendo o seu feminismo, estava sendo como amar mulheres só lindas, e as vezes nem isso. Sempre teve no seu pensamento a busca da mulher além da beleza, mulheres que tenham alguma coisa além da beleza (mestre Vinicius). Tivera várias paixões. As grandes nunca foram consumidas, era mais um sonhador. Mas é fato que essas grandes paixões, em número de 3 ou 4, eram todas "Talitas".
Logo sua mente projetou aquela mulher na sua mente. Como pensaria? Quais seriam os diálogos que teria com ela, seus sonhos, suas fantasias?
Estava, ultimamente, fazendo muito isso. É engraço como ficava encantado com algumas e decepcionado com outras.
Imaginou-a encantadora. Havia realmente um pouco da "Talita" nela.
Decidiu assim deixar um comentário sobre o texto.
Após o ter feito, começou a passear pelos outros textos dela, vendo se via mais algum texto interessante. Passou por vários sem os ler. Até que parou em um, e meio que sem motivo começou a lê-lo.
Nesse momento ele ficou realmente encantado. Ela descrevia exatamente o maior de seus últimos dilemas. Ficou realmente impressionado.
No texto ela dizia que tinha se conformado em saber da existência do real, mas que o ignorava. Era justamente o que ele não estava conseguindo. Virar as costas para o real. Seguir as regras.
Estavam a tomar caminhos opostos.
Logo depois viu que a mulher era comprometida e sua paixão por aquela mulher ficou nesses poucos minutos. Porém o tempo foi suficiente para relembrar aquele belo brilho que a paixão lhe trazia.
Havia algum tempo que ele não escrevia nada. Nas últimas semanas tinha tentado observar o que estava faltando. Por que tinha parado de produzir?
Veio a resposta. Faltava aquele sentimento, aquela estabilidade, aquele desejo. Faltava a paixão.
Decidiu escrever algo sobre isso.

O tempo precisa ser profundo, não comprido.

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