quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Metafísica e Vagabundagem


Até hoje não entendo porque a vagabundagem é tão descriminada na nossa sociedade.
Será que até agora eles não se tocaram que ficar sem fazer nada é tão difícil quanto estudar, trabalhar, essas coisas "maravilhosas' que nossa sociedade venera tanto? E não se tocaram que a vagabundagem é mais, muito mais, que uma arte? Está acima da crença a qualquer Deus?
Vou lhes explicar o porque.
O que é a vagabundagem? Segundo o Deus todo poderoso Google e seus discípulos é a ação do vagabundo. O tal do homem ocioso.
Isso é rebaixar muito uma classe tão importante da sociedade.
1 - Nossa sociedade tem em seu alicerce principal, a dupla estudo e trabalho. Se você não vai com essas duas bases você acaba ficando fora dessa sociedade. Isso é um preconceito de altíssimo nível. Por isso amigos leitores, você ao ficar um tempo nesse estado ocioso, está protestando contra uma sociedade hipócrita, que não respeita a liberdade do ser. Sendo também difícil conviver com tal discriminação.
2 - Continuando a lógica do primeiro ponto, se você está fora desse contexto da sociedade, você está propenso a ter que renunciar o maior prazer do ser. O tal do sexo oposto (Acho inclusive que esse é o ponto de eu ser apenas parcialmente vagabundo). Vocês já viram algum vagabundo ser o garanhão (e não confunda vagabundo com malandro)? As mulheres recriminam esse tipo de ser, São bestas. Já que eles não fazem nada é claro que na hora do "vamo vê" ele vai ter uma energia muito maior acumulada, sendo inclusive de suma importância para o vagabundo gasta-la, para manter a forma.
3 - Os vagabundos deveriam ser mais exaltados do que monges, grandes filósofos e artitas. Todos esses seres trabalham para alcançar o estado metafísico supremo, a ligação entre o ser e o mundo, a ponte entre a matéria e a energia. Os grandes vagabundos já vivem nesse estado metafísico supremo. É o desprendimento total do ser. É o desprendimento total do mundo material, do prazer da carne, dos pecados humanos.

Resumindo.
A vagabundagem, é um ato revolucionário, é uma penitência, é a evolução do ser, é a mente suprema, é a passagem para o outro mundo!!
Venho aqui para anunciar que comecei meus protestos, a minha evolução mental, a exactas 9 horas atrás.

(Salve às férias, salve à vagabundagem)

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Porque os "Contadores de Histórias"?


Essa é uma boa pergunta. Juro que não sei porque essa pergunta não virou ainda um tema de mestrado ou coisa parecida.
Contadores de histórias nada mais são que grande mentirosos.
Pelo menos hoje eles o são. Contam verdadeiras historinhas, que são gostosas de ler, aquela coisa "tchuco-tchuco", mas não querem dizer nada. Não possuem um ensinamento.
É uma das coisas que eu mais fico puto com a sociedade, (conflito particular). Porra, todo filme de holiwoody (sei la como que escreve...) , o mocinho sempre é aquele carinha perfeito, que faz tudo certinho, e tals, ou que se é ruim, no fim vira bonzinho, essas coisas irreais hollywoodianas (sei lá como que escreve de novo). Mas vê se na sociedade alguem se comporta assim?
Acaba todo mundo vivendo como os filmes hollywoodianos. Uma imagem, uma coisa que não é profundo, que é superficial demais.
Dizem que no início os contadores de história, que duvide você é nosso tema central neste texto, não falavam fábulas. Dizem que eles apenas retratavam a vida, simplesmete observavam, e divulgavam sua interpretação sobre o fato relatado.
Mas hoje os contadores de histórias, como todo o resto, perderam seu valor, perderam sua essência, hoje na verdade eles tem valores, tem um preço, sendo que aquilo que vem do seu ser não tem valor, é único.
Os contadores de histórias, os de verdade, jamais podem acabar. Eles nos lembram do nosso passado, da nossa cultura, dando conselho para o presente, para que possamos alcançar o futuro desejado.
Talvez até as prostitutas sejam menos importantes que eles. Talvez.

(Muito bom final!!! Um dos melhores que já li, juro!!)
(Agora pra entender o texto, é melhor ta tão bebado quanto eu to!! :D)

domingo, 25 de outubro de 2009

Ausência da essência!!


Como num dia daqueles que tanto lhe agradavam, ele estava a se perder na imensidão daqueles textos que sempre lhe traziam algumas informações e viagens muito interessantes.
Não se sabe ao certo como foi parar lá (na verdade ele o sabe bem, mas prefere ver dessa forma, traz um sentimento a mais).
Começou a ler um texto interessante sobre uma teoria, daquelas que ele se deliciava quando imaginava alguma, perdendo inclusive horas, as vezes dias, ou semanas, depende da teoria, procurando argumentos para sustenta-las.
Aquele fim de semana tinha sido muito interessante para reforçar algumas dessas terias. Tinha recebido notícias boas em relação a alguns projetos e algumas testes que ele vinha fazendo sobre certos mistérios que pensava poder existir mesmo.
Era interessante aquela teoria, daquelas que não tem nada a ver, mas tinha bons argumentos e acabava tendo uma lógica, e inclusive ele imaginou alguns para dar mais sustentação a ela.
Foi quando de repente ele se tocou do seguinte fato:
O texto era muito parecido com algumas coisas que estavam sendo parte do seu cotidiano nos últimos tempos.
Falava do a cerca de seus últimos objetos de estudo, de um estilo musical que estava voltando a escutar, e uma cultura a qual está começando a se adaptar.
Ficou intrigado como ele não sabia nem ao certo como foi parar e ali, não tinha a menor pretensão de ta lendo aquele texto, e acabou achando um texto que tinha tanta coisa a ver com ele.
Já havia passado pelo infinito dele algumas ideias relacionado a isso. Algumas coisas sobre mentes, infinitos, universos, vida, essas coisas que ele acha que todo mundo pensa (as vezes ele se da conta que poucas pessoas pensam nisso).
O texto havia sido escrito por uma mulher. Isso basta para que sua mente começasse a trabalhar.
Ele era completamente apaixonado pelo sexo oposto, pelo romance, pela sensualidade. Mas via cada vez mais que as mulheres estavam se perdendo, perdendo o seu feminismo, estava sendo como amar mulheres só lindas, e as vezes nem isso. Sempre teve no seu pensamento a busca da mulher além da beleza, mulheres que tenham alguma coisa além da beleza (mestre Vinicius). Tivera várias paixões. As grandes nunca foram consumidas, era mais um sonhador. Mas é fato que essas grandes paixões, em número de 3 ou 4, eram todas "Talitas".
Logo sua mente projetou aquela mulher na sua mente. Como pensaria? Quais seriam os diálogos que teria com ela, seus sonhos, suas fantasias?
Estava, ultimamente, fazendo muito isso. É engraço como ficava encantado com algumas e decepcionado com outras.
Imaginou-a encantadora. Havia realmente um pouco da "Talita" nela.
Decidiu assim deixar um comentário sobre o texto.
Após o ter feito, começou a passear pelos outros textos dela, vendo se via mais algum texto interessante. Passou por vários sem os ler. Até que parou em um, e meio que sem motivo começou a lê-lo.
Nesse momento ele ficou realmente encantado. Ela descrevia exatamente o maior de seus últimos dilemas. Ficou realmente impressionado.
No texto ela dizia que tinha se conformado em saber da existência do real, mas que o ignorava. Era justamente o que ele não estava conseguindo. Virar as costas para o real. Seguir as regras.
Estavam a tomar caminhos opostos.
Logo depois viu que a mulher era comprometida e sua paixão por aquela mulher ficou nesses poucos minutos. Porém o tempo foi suficiente para relembrar aquele belo brilho que a paixão lhe trazia.
Havia algum tempo que ele não escrevia nada. Nas últimas semanas tinha tentado observar o que estava faltando. Por que tinha parado de produzir?
Veio a resposta. Faltava aquele sentimento, aquela estabilidade, aquele desejo. Faltava a paixão.
Decidiu escrever algo sobre isso.

O tempo precisa ser profundo, não comprido.

sábado, 29 de agosto de 2009

Barreira?

Uma menina que sentia cores, que via o cheiro do vento, que sentia a brisa do aroma das flores, que de repente perdeu as cores dos cheiros, os sons das cores, e os cheiros dos sons!!
Não tinha mais vida, não tinha mais nada, então pra que a vida? Será que terá ainda o significado? Qual a barreira entre a vida e a morte?
A barreira foi quebrada, mas não derrubada!!
Ela irá perceber que tudo sempre continua, que apesar de tudo, os cheiros, as cores, os sons, sempre vão estar lá, mesmo nos momentos que tudo perde seu brilho, você tem que saber que o brilho ta ali, que tudo ta ali, é só você querer senti-los!!

quinta-feira, 12 de março de 2009

A Grande Utopia


Os primeiros raios solares entrando pela janela escancarada, atingindo de leve, com aquele sabor gostoso de um carinho, o rosto do “jovem” senhor. Ele abre os olhos de leve, ainda com aquela preguicinha do sono bem dormido.
Aquela água geladinha a atingir sua cabeça fazendo arrepiar todo o corpo, porém logo depois vinha a sensação gostosa de estar recendo uma enorme carga de energia.
O café quentinho a ficar pronto, perfumando toda a casa. Ele sempre ia de imediato seguir o cheiro do café, caminho esse que sempre o levava a um sorriso lindo, cheio de paz e alegria, fazendo com que se tornasse o dia mais especial de toda sua vida.
Passava pela porta e recebia aquele “ar limpador interno” como ele gostava de chamar, e o colírio matinal daquela paisagem a sua frente.
Uma boa caminhada era o que passa pela sua cabeça. Caminhada essa que sempre era interrompida pelos seus bons vizinhos, o que na verdade era a sua grande intenção nessa caminhada, desejar um dia muito especial a todos.
A sua floresta de alimentos era uma grande paixão. Era ali que ele se sentia parte desse mundo, onde tentava descobrir todos os mistérios que rondava sempre sua mente. Cada ser ali vivente era como um filho para ele. Amava aquela vida.
As árvores frutíferas sempre o presenteavam com seu fruto fresquinho. Melancia, manga, laranja, goiaba, acerola, maçã, era uma imensidão de prazeres. Passava toda a manhã a cuidar de seus amores.
Aquele feijão bem temperado, aquele arroz sequinho, com aquela saladinha acabada de sair do solo fresquinho e um franguinho caipira, criado ali mesmo, solto pela floresta. Um belo suco de maracujá era o acompanhamento naquele dia. Era mesmo um dia especial. E não se pode deixar de fora a famosa rapadura do Tio Belo.
De mãos dadas a andar pela pequena vila, sempre parando e conversando muito com todos, sabendo das peripécias de cada um, as histórias dos mais velhos, e também mais queridos, daquela pacata vila.
Até chegar ao lugar que limpava seu corpo e a sua alma, e ainda cuidava de esfriar a sua mente. Aquela água toda a cair ali a sua frente, aquele som gostoso, não demorava muito a sentir a pureza daquelas águas. Ficava por muito tempo a sentir a água atingir sua cabeça, tirando todas as impurezas do seu ser.
Sol a se despedir, o ventinho frio e gostoso começando a fazer um carinho no pé do ouvido.
A lua subia iluminando toda a noite, aquele ventinho friozinho a soprar, e ele na varanda a se deliciar com aquelas boas leituras. Olhava para frente e via aquele anjo a sua frente, agindo como se não tivesse ninguém ali, somente ela e aquelas folhas com traços horizontais, pontinho entre os rabiscos, e alguns traços ligando alguns dos pontos, pelo menos era assim que ele interpretava.
De mãos dadas e a lua a iluminar seus caminhos. Sempre tinham algo a fazer. Cineminha na praça, circo mais ali a frente, violinha no rio, partidinha de cartas ali com os amigos. Sempre tinham alguma desculpa para encontrar os grandes irmãos.
Ah!! Aquele cobertor a esquentar-lhes. Como se precisasse!! Aquele cheiro sempre gostoso a lhe invadir, aquela pele amaciando-o, aquele corpo esquentando-o, aqueles cabelos a entrar em sua boca, coisa que “odiava”, e que ela sempre fazia, só para ver aquele “biquinho divino”, como ela gostava de chamar. Era com certeza a noite mais especial de todas.
Começava sempre a pensar:
“Eu sou o homem mais feliz do mundo, não a nada que deseje, não a nada que precise, apenas fazer com que todos os dias sejam como o de hoje!!”
Era sempre assim!!

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Mais um brilho noturno!



Era noite, coisa que já lhe agradava o suficiente para ficar perdido na infinitude de sua mente, mas aquela noite tinha um ar especial, além de enigmática, obscura, cheia de mistérios, revelando e encobrindo segredos, como toda noite já era em seu mundo. Mas essa noite tinha um brilho diferente, não sabia ainda o que era, apenas estava intrigado com a maestria que seus sentidos detectavam.
Ele estava a caminhar numa rua que raramente passa a noite. Estava a chegar de uma cansativa viagem, exausto, mochila pesada as costas, a suave brisa fresca que batia aquela em seu corpo. Pensou ele, “Talvez seja apenas minha mente que esteja cansada, não deve ser nada demais”.
Então, como se fosse para testar apareceu uma voz o chamando-o. Dizia aquela voz que lhe deixaria em casa, logo ele reconheceu o amigo de velhas datas oferecendo-lhe uma carona. Parece que na cabeça da maioria seria óbvio aceitar aquele convite que viria a calhar numa hora daquelas, porém aquela mente estava já a fervilhar com aquele mistério que pairava naquela noite.
Não resistiu. Teve que recusar aquela oferta. Apesar de suas pernas estarem quase que o empurrando para dentro do carro, ele foi valente, e disse que precisava caminhar um pouco. Logo ele estava ali no centro da cidade mais uma vez perdido em meio a sua vastidão.
Logo ele olhou pro céu. “Deve estar fervilhando de tanta estrela que está a brilhar em meio a essa obscuridade”. Maravilhou-se. Nem as luzes da cidade estavam conseguindo impedir o brilho fantástico daquela imensa constelação.
Aliviou-se, sabia agora que tinha tomado a decisão certa em ficar ali a caminhar, perdido, sozinho, em meio aquela multidão de estrelas a observá-lo.
Mas algo ainda o incomodava, talvez teria apenas desvendado parte do mistério que aquela noite havia preparado para ele.
De repente teve a sua resposta.
Vinha ele totalmente perdido, longe, deixando sua visão como o sentido menos utilizado. Amava fazer isso. Dizia ele que a visão fazia com que esquecemos de perceber as grandes maravilhas que os seus outros cinco sentidos poderiam lhe presentear, por ser a mais fácil de utilizar.
Porém foi essa mesma visão que detectou em sua frente uma figura um tanto quanto intrigante. Vinha ela com um andar diferente. Estava meio que cambaleado. Tinha os cabelos lisos meio encaracolados a dançar em frente ao seu rosto, ofuscando-o.
Ao se aproximar mais um pouco, percebeu que ela estava a rir e a brincar. Pensou em tentar entender como que ela estava tão maravilhada. Sentiu aquela gargalhada a invadir todo o seu ser. Que sensação deliciosa era aquela? Ficou a se questionar.
Como num passe de mágica, seu cabelo aquietou-se, foi quando os olhares se encontraram. Teve a impressão de reconhecê-la. Teve certeza quando veio a sua mente a lembrança daquela voz deliciosa que o encantou em outros dias. Também já havia cruzado com a ternura daquele olhar. Já tinha recebido aquela energia antes.
Não conseguia desviar o olhar do dela. Como se alguma coisa atraísse e prendesse, amarrasse, aqueles olhares não se separavam. Caminhavam, passavam um ao lado do outro, sem que mudasse nada, sem que ele ao menos soubesse para onde estava indo. Nem queria saber. Havia esquecido de tudo. Tudo paralisava.
Não se sabe ao certo como. Sabe-se apenas que até estarem lado a lado, aqueles olhares não se desviaram.
Após ter passado por ela, voltou-se novamente ao seu mundo. “O que foi isso tudo?” Indagava-se. Olhou para traz, tinha que se certificar que aquilo havia acontecido. Havia sim, e para enlouquecê-lo mais um pouco, surpreendeu-se quando ela também olhou para traz. Agora ele deliciou aquele rosto, lembrando da voz que o hipnotizara mais de uma vez.
Não se sabe quem, apenas olharam para frente e continuaram seus caminhos.
Foi para casa radiando alegria, emoção, energia, estava pular por dentro, não sabia o que havia ocorrido, estava bestificado, meio que não acreditava.
Como se fosse possível, ele estava ainda mais encantado com a noite. A sua companheira de confidências, ela que tanto o aconselhava, preparou mais uma de suas peripécias. Amava-a!

domingo, 25 de janeiro de 2009

O ato de ser eu!

Será o ato de sonhar benefico ou não para a nossa vida??
Me fiz essa pergunta agora, aí fiquei com vontade de dissertar algo a respeito.
Várias vezes ao dia, todos os dias, me percoi em vários sonhos, mas sonhos ao pé da letra, quase que "historinhas" criadas sobre mim (tem até algunas que dariam ótimos contos).
é como se fosse uma maneira de fugir da realidade, de bentrar num mundo do jeito que eu gosto, não sei dizer ao certo, mas começo a pensar que esses sonhos acabam sendo maléficos para mim.
Antes de eu ter esse lado "onipresente", pensante, seja la o que for ele, dentro de mim, achava que era bom, ou no mínimo normal, porque eu sempre tinha um "final feliz", mas ultimamente tenho reparado que isso atrapalhava muito.
Não que seja ruim sonhar, mas existe uma maneira mais benéfica de sonhar. Que se sonhe de forma a querer tornar esse sonho realidade. trabalhar ao máximo, pois tenho me convencido a cada dia que tudo é possível, e eu ratifico, TUDO É POSSÍVEL, TUDO.
Seja la o que você sonhe, ser um grande empresário, fazer parte daquele pequeno mundo, ou conhecer tudo da vida, ou tentar desvendar os seu mistérios, ou "apenas" ser feliz, não interessa, se você acreditar que vai ser, você será!!
Deixa eu fazer só um parenteses que não tem nada a ver com o texto aqui, acho que eu vou amar ler isso daqui uns 10 anos.
Cada dia que passa eu estou mais feliz, e mais orgulhoso, de ser eu.